“- Por que estão à procura de seres humanos? – ele perguntou.
– Para libertar vocês.
– Libertar?
– Um dia os homens entregaram a própria razão às máquinas, esperando que isso os libertasse. Mas só se deixaram escravizar por outros homens com máquinas.
– “Não criarás uma máquina à semelhança da mente de um homem” – citou Paul.
– É o que dizem o Jihad Butleriano e a Bíblia Católica de Orange. Mas a Bíblia C.O. deveria ter dito: “Não criarás uma máquina para imitar a mente humana“.
Diálogo entre Paul, o Muad’Dib, e a Reverenda Madre, em Duna, romance de Frank Herbert.
HERBERT, Frank. Duna. São Paulo: Aleph, 2017, p. 29