Lula não apenas é um dos maiores líderes políticos mundiais, como também é uma figura humana admirável. Poucas pessoas tem a estatura moral e dignidade deste homem.
Objeto de uma perseguição político-judicial covarde, cruel e ilegal, Lula, mesmo indignado diante da injustiça e da arbitrariedade não perde a serenidade e a altivez de quem tem a certeza de que provará sua inocência.
Em bela e sensível reportagem publicada na Rede Brasil Atual, Cláudia Motta e Paulo Donizetti de Souza mostram a ida de Lula ao funeral de seu neto Arthur, morto por meningite aos 7 anos de idade, destacam a grandeza humana e política do ex-presidente e perguntam por que seus inimigos o temem tanto. Copio aqui os parágrafos finais:
Lula é símbolo de conquista de cada jovem pobre que chegou à universidade, cada pai e mãe que acreditaram que haveria um futuro diferente para seus filhos. O sofrimento de Lula é o sofrimento dos milhões para quem um país se faz com inclusão e justiça social, com respeito às diferenças, igualdade, cidadania.
A dor de Lula é a dor de quem treme de indignação diante das injustiças. Transformar essa dor em capacidade de resistência para recuperar o Brasil para todos os brasileiros seja talvez a única saída.
Lula pôde abraçar seus familiares e amigos e despedir-se de Arthur neste sábado cinzento de março. Na redes sociais, algumas demonstrações de selvageria fazem balançar a fé na humanidade. São pessoas que, mais que ódio, ou inveja, têm medo de Lula. Porque sua história, sua existência e suas ideias atormentam essa gente, mexem, no fundo, com a ausência de caráter.
Lula caminhou pelo cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo para o adeus ao neto. Ainda que rodeado de policiais – “que medo vocês têm de nós”, diz a canção – acenava agradecido ao povo ao seu redor. Abatido pela perda, e submetido a uma distância forçada do convívio com a família, os amigos e o povo – de onde extrai energia e juventude –, Lula ainda carrega em si a luz da serenidade, a força da dignidade, a altivez. E também uma esperança que nos contagia a seguir em frente, em busca de uma humanidade mais justa.