Texto de José Barbosa Junior – teólogo e pastor da Comunidade Batista do Caminho, Belo Horizonte, sobre o “espírito de violência” que mantém a sociedade brasileira como refém.
Partindo do massacre ocorrido em Suzano, o texto propõe uma reflexão sobre este espírito de violência que está se tornando dominante e destaca a adesão de lideranças políticas e religiosas ao projeto de violência que chegou ao poder no nosso pais. Destaco esta passagem:
O Brasil está refém de, mais do que uma onda de violência, um “espírito de violência” (não de cunho espiritual – pode até ser também – mas aqui um espírito social, um zeitgeist), onde o uso das armas são apenas o complemento de algo já maquinado e orquestrado por essa época onde ódio e violência parecem dar as cartas e têm totalmente o jogo nas mãos.
E, sim, precisamos falar de Bolsonaro.
E, sim, precisamos falar do apoio evangélico a esse projeto de violência.
O texto continua então, justamente falando sobre Bolsonaro:
A campanha de Bolsonaro foi uma ode à violência, ao feminicídio, à LGBTFobia, ao uso das armas, à violência física como ação final contra todos aqueles que se levantassem contra o projeto de poder do führer tupiniquim
E depois, sobre o conservadorismo cristão:
Foram muitas as manifestações de líderes e grupos “cristãos”, postando fotos onde todos faziam arminhas com a mãos, gesto simbólico e maior da campanha de Jair Bolsonaro. Não hesito em parafrasear o versículo com que iniciei este texto: “Raça de cobras venenosas, como podem vocês, que são maus, fazer coisas boas? As mãos simbolizam do que está cheio o coração de vocês.” Sim! Fazem arminhas com as mãos porque em seus corações o que reina é o ódio e a violência.
E então, a respeito de ambos – políticos de direita e lideres evangélicos – o pastor conclui:
essa gente quer que a violência triunfe, para que seus projetos de poder se façam valer, cada vez mais pela força, pelo rancor e pelo desejo de vingança de tempos em que o Brasil aspirou a igualdade entre todos.
Para ler na íntegra é só clicar no título: Mãos que fazem arminhas pegam em armas.
Boa leitura!