Tudo junto e misturado.

Publico aqui para não perder o artigo no turbilhão de posts que nos atingem a cada dia. É um texto publicado no The Intercept Brasil sobre o antigamente implacável caçador de corruptos Sérgio Moro e o seu atual papel de soldado raso do bolsonarismo. Quero registrar, mais do que a mequetrefice do ex-juiz, as referências às ligações perigosas do presidente e seus filhos com os assim chamados milicianos. Isso é algo muito sério e muito grave. Não julgo e não acuso, mas busco respostas e esclarecimentos.

Copio abaixo os parágrafos que referem-se diretamente ao presidente e seus familiares e agregados. Para ir até a publicação original no The Intercept, clique sobre o título abaixo.

Sérgio Moro virou um soldado raso do bolsonarismo, por João Filho no The Intercept Brasil.

“As notícias desta semana já não deixam mais dúvidas: o presidente tem ligações com as milícias do Rio de Janeiro. Sim, porque não é mais possível descolar as ações do senador Flávio do presidente Jair. Há fatos suficientes para se fazer essa afirmação.

Foi o presidente que apresentou o motorista Queiroz para Flávio, que era apenas uma criança quando seu pai e ele iniciaram uma amizade que já dura mais de quatro décadas. Bolsonaro não explicou o contexto nem apresentou comprovante do empréstimo feito a Queiroz, o homem que conseguiu empregos no gabinete de Flávio para a mulher e ex-esposa do chefe da milícia de Rio das Pedras — o mesmo lugar em que Queiroz ficou escondido antes de ser internado no Albert Einstein. A primeira-dama Michele Bolsonaro está sendo investigada pela Receita Federal por receber um cheque de Queiroz que, segundo Jair Bolsonaro, seria o pagamento do empréstimo feito a ele. O presidente da República é também sócio de Flávio Bolsonaro em uma empresa que o filho omitiu na declaração para o TSE.

Não adianta o presidente dizer que nada tem a ver com as ações do seu “garoto”, que só chegou ao Senado por causa do sobrenome. Trata-se de uma família que cresceu e enriqueceu unida ao longo dos anos na política. Negar isso agora é apenas cinismo. O deputado Eduardo Bolsonaro, por exemplo, é deputado federal, mas tem atuado como um dos porta-vozes do governo federal no exterior. Assim como o vereador Carlos Bolsonaro trabalha com as redes sociais do presidente. Tudo junto e misturado.”

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