Em 1936 Antonin Artaud passa uma temporada no México, que ele nos conta em seu livro México y viaje al país de Los Tarahumaras, es baseado em suas notas de viagem publicadas em 1945, México y Los Tarahumaras. Temos aqui uma matéria sobre a homenagem que Patti Smith e The Soundwalk Collective prestaram ao poeta, … Continue lendo “The Peyote Dance”: Patti Smith participa en homenaje sonoro a Antonin Artaud
Categoria: Literatura
O cuscaredo. Cães do Paipasso.
"A casa está cheia de cachorros. Dormitam entremeados na gente, os focinhos espichados na direção do fogo. O Bocudo, de nariz arrebitado e preto, queixo atirado para a frente, deixando à mostra a fileira de dentes miúdos e brancos, parece estar sonhando com imagens gostosas. (...) O Foguete está mais para trás, ocupando um … Continue lendo O cuscaredo. Cães do Paipasso.
Paulo Coelho: fui torturado pela ditadura do Brasil. É isso que Jair Bolsonaro que celebrar?
Um importante artigo do escritor e compositor Paulo Coelho no Washington Post. Um depoimento corajoso e revelador que mostra uma história que aconteceu com milhares de jovens brasileiros, que como ele, não eram militantes nem ativistas, mas foram presos e torturados somente por serem artistas, como Paulo Coelho, ou estudantes ou trabalhadores, ou simplesmente jovens. … Continue lendo Paulo Coelho: fui torturado pela ditadura do Brasil. É isso que Jair Bolsonaro que celebrar?
Torquato Neto. Os últimos dias de paupéria.
“Tábata, e o admirável mundo novo”. Por Dilso J. dos Santos
Tenho um amigo e colega de profissão, o professor Dilso J. dos Santos, que é um excelente escritor. Seu livro Desassossegados (SANTOS, D. J. . Desassossegados. 1. ed. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2016. 112p), que foi editado pela editora da UNISC e no qual ele reuniu seus Desassossegos, crônicas que foram publicadas numa coluna … Continue lendo “Tábata, e o admirável mundo novo”. Por Dilso J. dos Santos
A Ecologia de Duna.
Um dos apêndices de Duna, o genial romance de Frank Herbert, é sobre a ecologia de Duna, onde somos apresentados à vida e obra de Pardot Kynes, o primeiro planetólogo de Arrakis, o planeta conhecido como Duna onde se desenvolve o romance de Frank Herbert (HERBERT, Frank. Duna. São Paulo: Aleph, 2017). Deixo vocês com alguns … Continue lendo A Ecologia de Duna.
Não verás país nenhum… (Ignácio Loyola Brandão)
Li este livro em 1983 e o entendi como uma alegoria crítica à longa ditadura civil-militar que nos assolava desde 1964 e só iria acabar em 1985. Lendo-o de novo nestas férias, passei a vê-lo como uma distopia profética cuja realização está se dando agora. Achei especialmente significativa esta passagem que copio para vocês: "Foi … Continue lendo Não verás país nenhum… (Ignácio Loyola Brandão)
O afinador de silêncios
Organizando material para algumas palestras sobre escola e educação neste início de ano letivo folheio antigos blocos de notas e encontro este trecho do Mia Couto copiado a lápis e com esta pequena observação na margem: "este sou eu". Lembrei com clareza do momento em que li este trecho, à noite, numa varanda de casa … Continue lendo O afinador de silêncios
“… aprendeu rápido porque primeiro lhe ensinaram como aprender…”
“Não criarás uma máquina para imitar a mente humana”.
"- Por que estão à procura de seres humanos? - ele perguntou. - Para libertar vocês. - Libertar? - Um dia os homens entregaram a própria razão às máquinas, esperando que isso os libertasse. Mas só se deixaram escravizar por outros homens com máquinas. - "Não criarás uma máquina à semelhança da mente de um … Continue lendo “Não criarás uma máquina para imitar a mente humana”.
“… peneiramos as pessoas à procura de seres humanos…”
"-- Já peneirou areia? - ela perguntou. O cutucão tangencial da pergunta arremessou sua mente num estado mais elevado de percepção. Peneirar areia. Ele assentiu. — Nós, Bene Gesserit, peneiramos as pessoas à procura de seres humanos." Diálogo entre Paul, o Muad`Dib, e a Reverenda Madre, em Duna, romance de Frank Herbert. (HERBERT, Frank. Duna. … Continue lendo “… peneiramos as pessoas à procura de seres humanos…”
De repente, nas profundezas do bosque (Amós Oz)
"Era um peixe pequeno, um peixinho, com o comprimento de meio dedo, com escamas prateadas e nadadeiras delicadas, branquiadas, espalhadas e trêmulas. Um olho de peixe redondo e arregalado ao máximo mirou os dois por um instante como se sugerisse a Maia e Mati que todos nós, todos os seres vivos sobre este planeta, pessoas … Continue lendo De repente, nas profundezas do bosque (Amós Oz)