Manifesto pelo crescimento econômico. Por Jânio de Freitas, na Folha.

As necessidades deste país são em quantidade descomunal. Uma, acima de todas. Parece bem conhecida, e tanto não é, que não figura entre as prioridades emergenciais. Este país precisa desesperadamente de crescimento econômico. É disso que a dissolução das demais necessidades depende. É do crescimento econômico retomado com urgência que tudo depende neste país, no presente, agora mesmo, e para todo o futuro.

Com este parágrafo direto e claro Jânio de Freitas inicia sua coluna na Folha de S. Paulo deste domingo sete de abril. E continua Jânio, agora num tom mais grave, advertindo que é preciso salvar o país:

Evitar que este país seja engolfado pela violência que já mudou nossas vidas para muito pior. Salvar a democracia, não de ditaduras militares, que isso se resolve, mas da degradação que corre rumo ao fundo sem volta, onde democracia é impossível. Dar sentido, enquanto há tempo, à riqueza natural e aos potenciais humanos que não faltam aqui, no entanto utilizados em escala mínima e só para negócio proveitoso de uma “elite” que vive de costas para o país.

Salvar os que vivem na miséria, os que vive na pobreza, os da classe média já em decadência geral, salvar tudo e todos do que está acontecendo e se finge não ver. Salvar a vida deste país. Isto, só a partir do crescimento econômico é possível.

Fila gigante no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, para mutirão do emprego promovido pela prefeitura e sindicato – Danilo Verpa – 26.mar.19/Folhapress

Jânio destaca os números de recente relatório do Banco Mundial, referentes ao Brasil que mostram que ao final de 2016 já chegavam a 44 milhões os brasileiros que vivem com menos de US$ 5,50 por dia, ou R$ 21,20. Em 2014 eram 36,5 milhões. No período da dupla Temer e Meirelles – em que a prioridade foi o corte de gastos governamentais e a criação do teto de despesas da administração pública – quase dobrou o número dos que vivem com menos de R$ 7,30 por dia (ou US$ 1,90), passando de 5,6 milhões para 10,1 milhões de pessoas vivendo “abaixo da linha de pobreza”, ou seja, na miséria extrema.
Por isso, diz o colunista, é preciso buscar o crescimento econômico como salvação da vida no pais. E apresenta o período conhecido como “anos Lula” como exemplo do “melhor período que tivemos” mesmo nas palavras de economistas ideologicamente antagônicos ao ex-presidente:

Monica de Bolle, diretora de estudos latino-americanos da Johns Hopkins University, antecipa sua identificação política e ideológica, em Época (sem data na página destacada): “Não tenho qualquer simpatia pelo PT, embora credite ao governo Lula a redução da pobreza e a formalização do mercado de trabalho que mudaram o país”.

Pesquisador de economia da Fundação Getulio Vargas e sócio da consultoria Reliance (pronúncia em inglês, por favor), o “liberal” Samuel Pessôa: (…) “no melhor período que tivemos, os anos Lula, quando crescemos 4% em termos reais” (Folha, 31.3.19).

E aí, fazendo referência ao dia de hoje, descreve a condição do grande responsável por aqueles saudosos anos Lula:

O autor desses “anos Lula” está completando um ano trancafiado em pequena cela, condenado a 12 anos e 1 mês. Ao encerrar-se, seu governo recebeu 82% de aprovação, índice sem precedente. Por que está preso? Por crime provado não é, se o então juiz Sergio Moro e os desembargadores do TRF-4, em Porto Alegre, não encontraram a prova de que precisavam: atribuíram o alegado suborno a um “fato indeterminado”. Mas se o motivo do suborno não é conhecido, o próprio suborno não é conhecido. E não pode haver condenação pelo que nem se sabe se existiu.

E depois de deixar claro que a prisão de Lula é política

O motivo da prisão foi a combinação lógica de “melhor período que tivemos” e 82% de aprovação. Logo, probabilidade incomparável de vitória na eleição presidencial de 2018.

Jânio conclui:

O “melhor período que tivemos” e os 82% ficaram como demonstração definitiva, para todo observador honesto, de que a prioridade ao “crescimento real” independe de falsas reformas preparatórias, é necessário e urgente.

Leia aqui a íntegra da coluna de Jânio de Freitas na Folha.

E aqui uma imagem da coluna do Jânio de Freitas: 5

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s